domingo, 5 de junho de 2016

" Comentário >>>>Gerson King Combo Gerson Cortes nasceu no bairro de Madureira, Rio de Janeiro, em 1944. Numa época em que os nomes ligados ao samba eram sinônimos de malandragem, a grande preocupação de seu pai era que o filho entrasse para esse meio. O mesmo valia para seu irmão Getúlio, que logo enveredou para os lados do rock and roll, indo dançar em programas como “Hoje é Dia de Rock” e, posteriormente, no famoso “Jovem Guarda” de Roberto e Erasmo Carlos. Getúlio é, inclusive, o autor de um dos primeiros e mais marcantes hits do Rei, “Negro Gato”. Por influência de seu irmão, Gerson participou dessas festas “iê iê iê”, mas não se encontrou. Seu negócio era o suingue negro que estava acontecendo na América no momento. Integrou as bandas do Maestro Erlon Chaves (Banda Veneno) e de Wilson Simonal, talvez o mais renomado artista brasileiro da época, até começar a fazer sucesso nos bailes de black music que aconteciam na Cidade Maravilhosa (adotou o nome Gerson “King Combo” em homenagem à uma de suas bandas preferidas de soul music, “King Curtis Combo”). Logo estava fazendo muito sucesso na cena, ficando conhecido e sendo requisitado para a maioria das festas, a ponto de ser convidado pela Polydor para lançar seu primeiro LP. Antes mesmo do lançamento do disco, a grande surpresa. Gerson recebe um telegrama de ninguém menos que James Brown, o rei do funk. Na carta, Brown o convida para um concerto seu em Nova York. No mesmo período, Combo havia ido à Jamaica e colocado em prática toda a sua arte e gingado num show das Supremes, levando ao delírio o empresário da banda. Aí foi o tempo de um estalar de dedos pra história chegar aos ouvidos do astro internacionalJá nos EUA, James Brown se apresentou à Gerson e o chamou para o ensaio. Lá passaram cerca de seis horas treinando os passos de dança que o brasileiro fazia com maestria, até o americano aprender a realizá-los com perfeição. Viagem perfeita. Mais do que receber um convite de James Brown e ensiná-lo a dançar, Gerson ganhou do mestre o seu respeito e a certeza de que ele era sim um grande representante do funk no mundo, e não uma página passageira do estilo.
Gerson ainda gravou um disco na sequência, o “Volume II”, mas o declínio do gênero no fim dos anos 70 fez com que o cantor caísse no esquecimento aos poucos, mesmo já tendo participado, inclusive, da criação da lendária Banda Black Rio antes mesmo de lançar seus próprios discos.
Já nos anos 90 lançou “Mensageiro da Paz”, trazendo-o de volta à cena, voltando a ser convidado para shows, apresentações, participações e homenagens por todo o Brasil.
Gerson King Combo toca no SESC Belenzinho dia 24 de agosto às 21h30 por módicos R$ 24 a inteira e R$ 12 a meia e eu deixo a pergunta no ar: vai perder o show do cara que ensinou James Brown a dançar?

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